"Mas é difícil a nossa incumbência, quase tudo que é sério é difícil, e tudo é sério.
[...]
Que o senhor descubra em si mesmo paciência o bastante para suportar e
simplicidade o bastante para acreditar. Que o senhor ganhe mais e mais
confiança para aquilo que é difícil, para a sua solidão em meio aos outros.
De resto, deixe a vida acontecer. Acredite em mim: a vida tem sempre razão, em todos os casos.
"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Luto pela Diva...

"I told you that I was trouble...You know that I'm no good." 

Meio atrasada, eu sei...mas antes tarde do que nunca. Só agora tive tempo e inspiração para falar sobre a minha Diva, e sobre o quanto me entristeceu a notícia de sua morte.


Amy Winehouse. Luto. Essas duas palavras têm andado juntas nos últimos 10 dias em meu vocabulário. Há quem não acredite, quem critique e quem não aceite, mas a morte da diva me entristeceu. Muito. Chorei. Chorei sim, e não tenho vergonha disso.



Chorei não porque a morte de Amy foi uma notícia completamente inesperada. Não por isso. Eu, você, e todos que acompanhavam as notícias da mídia e as infinitas especulações sobre a vida da cantora sabíamos que isso, mais dia, menos dia, iria acontecer. E aconteceu. Mas isso não muda o fato de que eu sofri.



Sou fã, e adimito. E por mais que todos digam que é absurdo ser fã de alguém como ela, devido aos vícios e absurdos cometidos ao longo de sua vida, eu repito: SOU FÃ!



Sou fã e serei eternamente. Fã de uma voz incomparável. Fã de um talento inigualável. Fã de uma das melhores cantoras e compositoras da minha época. Sim. Amy Winehouse é da "minha época", e eu pretendia que um dia os meus filhos fossem a um show dela, como eu fui! 



Porque infelizmente,  os meus ídolos ou morreram antes deu nascer, ou são todos de outra geração, a dos anos 70 e 80... Quem são as estrelas da música de hoje? RESTART? FRESNO? NX ZERO? Me perdoem os que ouvem isso, mas eu, particularmente, gosto de MÚSICA.



Hiprocrisia dizer que Amy era uma bêbada, drogada, vagabunda, que queria morrer. Ela era doente. FATO. E infelizmente ninguém percebeu isso. Fizeram do problema dela motivo de chacota, sucesso nos sites de celebridades e aumento na venda dos jornais e revistas. Mas ninguém parou para ajudá-la. Tentar interná-la não era o suficiente. Isso eles deveriam ter notado desde a primeira tentativa frustrada. Ela precisava de apoio, de companhia, de alguém. E não teve.



Amy morreu de amor. Amor exacerbado por um homem que infelizmente ajudou a destruir sua vida. Amor pela música que lhe trazia alegrias, mas ao mesmo tempo só aumentava sua solidão. Amor por um vício que ela nunca conseguiu largar. Tenho pena. E por isso sofri.



Não é que eu não esperava. Esperava sim. Simplesmente não queria que isso acontecesse. É como ter um ente querido acamado, com câncer em estado terminal. Você sabe que ele vai morrer, mais dia, menos dia, é apenas uma questão de tempo. Mas você não quer que seja hoje, não quer que seja amanhã. E não importa quando a morte venha, você nunca vai estar suficientemente preparado para ela a ponto de não sofrer. Você sofre, porque gosta. E por isso, eu sofri.



Acho que foi uma perda lamentável para a música. Me arrisco a dizer aliás, que dificilmente ouviremos vozes como a dela novamente. Ela era um talento, e isso ninguém podia negar. Um talento que não foi desperdiçado, mas que não foi bem cuidado. E se foi.



Serei eternamente fã, e eternamente grata à Amy por ter vindo ao Brasil no início desse ano e ter me proporcionado um dos melhores momentos de minha vida assistindo-a de perto, num show inesquecível. 



Sim, ela cambaleou, bebeu, esqueceu algumas letras e saiu sem dar tchau. Mas quem esperava outra coisa além disso, não esperava ver um show da Amy Winehouse. Ela foi ela, como sempre era. E tinha o direito de ser. Já que ninguém estendia a mão para ajudá-la, ninguém tem o direito de apontar o dedo para criticá-la.



E eu penso comigo, como Cazuza descreveu bem... "Meus heróis morreram de overdose..."  



Pra mim, ela será sempre ídola...tão viva, tão diva! Luto eterno, Amy Winehouse!


"And I go back to black..." 

 Pra finalizar...é difícil escolher dentre tantas que eu amo, mas acho que essa é a minha preferida! *-*


3 comentários:

  1. Curti demais o post, amiga... Mesmo não tendo a oportunidade de ter ido ao show dela, posso imaginar o quão mágico deve ter sido... Perdemos mesmo a "Janis Joplin" da nossa geração, agora é seguir ouvindo a essas maravilhas que ela cantava sempre nostalgicamente... Beijão.

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  2. Bom, só acho que incluir Restart e afins num post tão especial, ficou bem desnecessário, mas eu entendi o que vc quis dizer. O importante agora é manter aceso para as próximas gerações desse legado que ela deixou.

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  3. Eu ouço as músicas da Amy apenas quando toca na rádio ou na TV, mas como todos, sempre acompanhei as manchetes sobre ela.
    Acho que a Amy tinha uma coisa a favor dela que é cada vez mais rara, o elemento surpresa.
    A primeira vez que se vê ela, nem se imagina o que vai sair dali e então surge aquele vozerão.
    Lamentável o que aconteceu com ela...

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