"Mas é difícil a nossa incumbência, quase tudo que é sério é difícil, e tudo é sério.
[...]
Que o senhor descubra em si mesmo paciência o bastante para suportar e
simplicidade o bastante para acreditar. Que o senhor ganhe mais e mais
confiança para aquilo que é difícil, para a sua solidão em meio aos outros.
De resto, deixe a vida acontecer. Acredite em mim: a vida tem sempre razão, em todos os casos.
"

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

10 de Novembro...

Tô meio sumida, né?! Não consigo vir aqui mais do que uma vez por mês, e olhe lá.
Pra quem não viu no FB, ou pra quem viu, curtiu, chorou, enfim... 
acho que vale a pena eternizar esse momento.  




Dizem que eu me pareço com você. Que honra!


Queria mesmo ser tão parecida com você quanto todos dizem, mãe. O sorriso, o corpo, a mania de abrir o zíper da calça quando entra em casa, ou de nunca servir a bebida no meu copo mas sempre tomar um golinho do copo de outra pessoa, ou até mesmo o jeito de ficar enrolando o cabelo no dedo enquanto pensa... isso sim, pode até ser mesmo parecido. Mas o que eu queria mesmo, MUITO, era ter o seu caráter. A sua inteligência, as suas qualidades, o seu amor incondicional pela família, e ser amada e respeitada pelos amigos como você sempre foi. Você é exemplo, é orgulho, é saudade. Todos que te conheceram, que tiveram o prazer de conviver com você e ouvir a sua gargalhada sabem o quanto você era genial. Você é e sempre será muito especial, mãezinha.


Hoje você faria 43 anos. E eu fico me perguntando, como você seria, HOJE! Fecho os olhos e posso imaginar, o quanto você ia me encher de orgulho sendo a mãe mais gata de todas! Um corpo lindo, um cabelo radiante, e aquele sorriso aberto que você trazia no rosto. Eu tenho tanto orgulho de me parecer com você.


Eu sei que eu não sou uma boa aluna, uma boa filha, e talvez nem seja uma boa pessoa como você foi ou gostaria que eu fosse. Mas sei do amor incondicional que você sentiu por mim. Ele é presente até hoje em minha vida. E é recíproco. O que eu sinto por você é infinito, e ninguém nunca vai ocupar o seu lugar! 


Se eu pudesse te dar um presente de aniversário, hoje, eu só queria que você se orgulhasse de mim. Só isso.


Te amo! ♥


Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai acabar

Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta me faz você
Queria ver você em casa


Mãe, o amor que eu tenho por você é seu!
Mãe, o amor que eu tenho por você é seu!
Como é MEU o SEU aniversário!
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rock in Rio 2011: EU FUI! o/

Ei, cê tá boua?
Um beyjo pra você que sentiu minha falta nesses quase 2 meses de sumiço!

Voltei! Não garanto aquela assiduidade, mas vou tentar. Tava cansada de tudo, sem criatividade e sem vontade pra isso aqui. Penso muita coisa ao mesmo tempo, e as vezes fica difícil organizar tudo isso pra falar pra vocês, ou simplesmente bagunçar mais ainda e conseguir publicar. O difícil e vir aqui e começar, e terminar, e enfim.

Queria esquecer os últimos 2 meses que se passaram. Não porque foram ruins ou pouco importantes. Mas porque já passou, então whatever...quero falar de algo "novo". Da última experiência, a mais recente e mais incrível que eu já vivi na minha vida em matéria de "realizar sonhos".



ROCK IN RIO 2011.
Ok. Nada de surpresas pra alguns, mas...eu queria poder (tentar) contar pra vocês, com mais detalhes o que eu vivi. 


Perfeito. Inexplicável. Incrível. Maravilhoso. Indescritível. Inesquecível. Incomparável. Isso tudo vocês já sabem. Quero falar do resto.


Quero falar que eu poderia estar aqui reclamando e chorando pitangas por só ter ido em UM dia de RiR, sendo que eu poderia ter ido em, tipo assim, TODOS, se não fosse por alguns motivos que não vem ao caso.


Eu poderia estar reclamando das filas intermináveis de horas e mais horas pra fazer qualquer coisa na Cidade do Rock, da frustração de não ter conseguido descer de tirolesa, nem andar na roda gigante, nem ter ido na montanha russa, nem ter conseguido pegar a (tão sonhada) poltrona inflável da claro, de não ter conhecido (como eu queria) a rock street, de não ter conseguido ficar grudada no alambrado bem na frente do palco e ter encostado no Chris Martin e no Adam Levine durante os shows, de ter sido pisada, espremida, sufocada, e de ter vivido uma odisséia pra chegar em casa incluindo caminho errado, van abarrotada, táxi, dores por todo o corpo e ânsia de vômito.


Eu poderia estar reclamando de tudo isso. PODERIA. SÓ QUE NÃO...


Eu prefiro dizer pra vocês que não há nada, nunca, nesse mundo que explique a sensação de cantar suas músicas favoritas em um coro com mais 100 mil pessoas te acompanhando. 
Não há nada mais lindo do que ouvir o Cold Play e o Maroon 5, ali, ao vivo, há (apenas) uns 100 metros de distância, cantando, PRA MIM, as minhas músicas favoritas. 
Não há nada mais excitante do que pular, bater palmas e balançar os bracinhos junto com uma multidão, ao mesmo tempo, sincronizado, sem querer, sem ensaiar. 
Não há nada mais delicioso do que chorar de emoção e sorrir de felicidade, AO MESMO TEMPO, ao ouvir aquela música e pensar: "puta que pariu, eu tô aqui, eu consegui!". 
Não há nada mais ridículo e gostoso do que assistir um show de uma banda que você nem gosta, descobrir que só conhecia UMA música e NESSA música você viver um momento MÁGICO (que nem foi tão mágico assim, mas só de...enfim.) que você jamais poderia sonhar que iria acontecer, ali, NO ROCK IN RIO.
Não há nada mais foda do que se apaixonar (de novo) por músicas que você já conhecia mas não ouvia há algum tempo, e por cantores que você já gostava mas tinha esquecido de ouvir nos últimos meses...
Não há nada mais lindo do que reencontrar (ou não) amigos queridos, que você não via há anos, ali no meio daquele lugar maravilhoso, naquelas circunstâncias.
Não há nada mais intenso do que (re)descobrir novas e antigas amizades ali no meio de 100 mil estranhos, e perceber que você é muito mais feliz do que imagina.
Não há nada mais idiota e mais divertido do que se sentir uma criança feliz com brindes (in)úteis, e fotos, e vídeos e micos que você só se permite NO ROCK IN RIO.
Não há nada mais gratificante do que poder ligar pras pessoas que você ama, durante as músicas que elas gostam, apenas pra que elas possam ouvir e saber que você queria, do fundo do seu coração que elas estivessem ali com você, naquele momento.
Não há nada mais emocionante do que sentir as luzes, a vibração do som no seu corpo, a grama molhada, sentar no chão, subir no ombro de um desconhecido, gritar declarações de amor pro seu ídolo como se ele estivesse te ouvindo...


Enfim, não há nada mais perfeito do que REALIZAR UM SONHO. Eu tinha esse sonho, e eu realizei. Eu sonhei tanto, que ainda hoje, eu me pego pensando se eu realmente vivi aquilo tudo. Às vezes eu acho que ainda está por vir, que eu ainda irei viver. E irei. DE NOVO, em 2013. Dessa vez, TODOS OS DIAS.


Mas por enquanto, me contento com apenas um dia. Apenas 15 horas de sonho. Ou melhor, 15 horas de realização, de realidade. Se eu moresse hoje, acho que já morreria feliz. Foi foda.


E como diria uma pessoa linda que eu conheço: UM SONHO A MENOS! (A.L.)   


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Estafa mental...

"Pois lembre-se de que é quase impossível ter gestos suaves quando a alma está rígida." 
( (Clarice Lispector) )

Hoje eu tô carente.

Eu sou uma pessoa carente, eu sei. Mas hoje, em especial, eu tô mais carente. Tô cansada das pessoas, aquelas que não são de verdade, sabe? Cansada de falsidade, duas caras, hipocrisia, gente bipolar.


Hoje, especialmente hoje, eu tô com saudades de quem está longe. Queria todos esse que estão longe, perto. E queria todos que estão perto, bem longe. Não sei se é porque a gente se acostuma, vira rotina, e cansa das pessoas. Talvez um revezamento fosse bom...né?

Saudade dos amigos verdadeiros, aqueles que me faziam rir o dia todo...sem bebidas, sem festas, sem música alta. Aqueles que me faziam rir na hora do almoço, no final de tarde...Aqueles que conseguiam me arrancar um sorriso nas horas mais chatas do dia, logo ao acordar, ou no meio de uma aula de matemática ou física no ensino médio.

Saudade dos amigos que dormiam na minha casa, que acampavam aqui de quinta a domingo com uma mochila nas costas...só pra ouvir música, falar besteira e comer comida ruim. E a gente ria tanto, sentados no sofá, amontoados pelo chão da sala...

Saudade de quem foi pra longe, e não tem data pra voltar. Quem tá do outro lado do hemisfério, ou no estado vizinho... mas que foi, se foi, e você não sabe quando vai poder ver de novo. Eu queria acordar todos os dias e tomar café da manhã com essas pessoas.

Saudade da família. Daquela que deveria ser sua família... todo mundo amigo, normal, feliz... pai, mãe, irmão, vó , vô, tios e primos... só que não. Não é assim. Não é perfeito. Quase não é nem família. Uma ou duas pessoas ainda tentam manter esse espírito, e o resto é cada um por sí e Deus por todos...e você se apega, a essas pessoas. Agarra, pra sempre. E não quer mais soltar.

E ao mesmo tempo, no quarto ao lado, no prédio ao lado, no bairro ao lado... pessoas tão desnecessárias. Pessoas que não te fazem rir. Pessoas que fazem o seu dia parecer pior do que já havia sido depois das 12 horas que você passou fora de casa estudando, trabalhando e resolvendo milhões de problemas. Pessoas que não acrescentam. Que não contribuem. Pessoas que, pra mim, não são de verdade. Até quando?



Afinal, quem é de verdade, sabe quem é de mentira...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sobre o que vai, o que vem, e o que permanece...

Ainda fora do ritmo, trocando o dia pela noite...

Essa sou eu, já na terceira semana de aula do semestre, completamente em ritmo de férias. Tão fácil sair do ritmo, tão difícil se (re)adaptar. Academicamente falando, quase nada mudou... Mas em mim?! Ah...sinto que muita coisa está diferente. Não diria fora do lugar, mas com certeza não estão aonde eu deixei antes de sair. Talvez seja hora de uma faxina interior...

Aquilo que antes me tirava o fôlego, hoje não me arranca sequer um suspiro. Aquilo que antes dava um friozinho na barriga, hoje já não tem mais graça. Aqueles que antes me faziam rir, hoje quase nem vejo. E aqueles que antes eram completamente estranhos e alheios, agora fazem parte intrinsecamente do meu dia-a-dia.

Voltei diferente. Não sei exatamente pra onde eu fui, mas tenho certeza que voltei diferente. Essa viagem interior, essas férias de mim mesma, esse afastamento da realidade mexeu comigo. Mudei. Pra melhor? Pra pior? Não sei... mas sei que não sou mais a mesma, e não quero mais do mesmo. Quero mais. Quero diferente. Quero muito. 

Quero viver o que há de novo. Quero viver de novo. O novo. E de novo. Do novo, de novo... Enfim. Tô numa fase diferente, mas uma fase muito boa. Quero aproveitar. Se quiser me acompanhar, é só vir comigo...

“Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções.” (Fernanda Mello)

"Não tiro ningúem da minha vida. Apenas reorganizo as posições e inverto as prioridades."


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Luto pela Diva...

"I told you that I was trouble...You know that I'm no good." 

Meio atrasada, eu sei...mas antes tarde do que nunca. Só agora tive tempo e inspiração para falar sobre a minha Diva, e sobre o quanto me entristeceu a notícia de sua morte.


Amy Winehouse. Luto. Essas duas palavras têm andado juntas nos últimos 10 dias em meu vocabulário. Há quem não acredite, quem critique e quem não aceite, mas a morte da diva me entristeceu. Muito. Chorei. Chorei sim, e não tenho vergonha disso.



Chorei não porque a morte de Amy foi uma notícia completamente inesperada. Não por isso. Eu, você, e todos que acompanhavam as notícias da mídia e as infinitas especulações sobre a vida da cantora sabíamos que isso, mais dia, menos dia, iria acontecer. E aconteceu. Mas isso não muda o fato de que eu sofri.



Sou fã, e adimito. E por mais que todos digam que é absurdo ser fã de alguém como ela, devido aos vícios e absurdos cometidos ao longo de sua vida, eu repito: SOU FÃ!



Sou fã e serei eternamente. Fã de uma voz incomparável. Fã de um talento inigualável. Fã de uma das melhores cantoras e compositoras da minha época. Sim. Amy Winehouse é da "minha época", e eu pretendia que um dia os meus filhos fossem a um show dela, como eu fui! 



Porque infelizmente,  os meus ídolos ou morreram antes deu nascer, ou são todos de outra geração, a dos anos 70 e 80... Quem são as estrelas da música de hoje? RESTART? FRESNO? NX ZERO? Me perdoem os que ouvem isso, mas eu, particularmente, gosto de MÚSICA.



Hiprocrisia dizer que Amy era uma bêbada, drogada, vagabunda, que queria morrer. Ela era doente. FATO. E infelizmente ninguém percebeu isso. Fizeram do problema dela motivo de chacota, sucesso nos sites de celebridades e aumento na venda dos jornais e revistas. Mas ninguém parou para ajudá-la. Tentar interná-la não era o suficiente. Isso eles deveriam ter notado desde a primeira tentativa frustrada. Ela precisava de apoio, de companhia, de alguém. E não teve.



Amy morreu de amor. Amor exacerbado por um homem que infelizmente ajudou a destruir sua vida. Amor pela música que lhe trazia alegrias, mas ao mesmo tempo só aumentava sua solidão. Amor por um vício que ela nunca conseguiu largar. Tenho pena. E por isso sofri.



Não é que eu não esperava. Esperava sim. Simplesmente não queria que isso acontecesse. É como ter um ente querido acamado, com câncer em estado terminal. Você sabe que ele vai morrer, mais dia, menos dia, é apenas uma questão de tempo. Mas você não quer que seja hoje, não quer que seja amanhã. E não importa quando a morte venha, você nunca vai estar suficientemente preparado para ela a ponto de não sofrer. Você sofre, porque gosta. E por isso, eu sofri.



Acho que foi uma perda lamentável para a música. Me arrisco a dizer aliás, que dificilmente ouviremos vozes como a dela novamente. Ela era um talento, e isso ninguém podia negar. Um talento que não foi desperdiçado, mas que não foi bem cuidado. E se foi.



Serei eternamente fã, e eternamente grata à Amy por ter vindo ao Brasil no início desse ano e ter me proporcionado um dos melhores momentos de minha vida assistindo-a de perto, num show inesquecível. 



Sim, ela cambaleou, bebeu, esqueceu algumas letras e saiu sem dar tchau. Mas quem esperava outra coisa além disso, não esperava ver um show da Amy Winehouse. Ela foi ela, como sempre era. E tinha o direito de ser. Já que ninguém estendia a mão para ajudá-la, ninguém tem o direito de apontar o dedo para criticá-la.



E eu penso comigo, como Cazuza descreveu bem... "Meus heróis morreram de overdose..."  



Pra mim, ela será sempre ídola...tão viva, tão diva! Luto eterno, Amy Winehouse!


"And I go back to black..." 

 Pra finalizar...é difícil escolher dentre tantas que eu amo, mas acho que essa é a minha preferida! *-*


terça-feira, 28 de junho de 2011

Vai passar.

Caio F. Abreu 
"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ..."

Depois de um dia difícil, notícias ruins, um choro inevitável e um consolo inesperado...
Não, eu não vivo nO Fantástico Mundo de Bob.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Será que vale a pena?

Ouvindo incansavelmente Adele, pela milésima vez...

Estava pensando nas inúmeras oportunidades que a vida me dá, e que, às vezes, sem querer, eu fecho os olhos e as ignoro. Sabe algo que você nunca imaginou que iria acontecer, mas que mesmo assim, lá no fundinho, escondido pra ninguém descobrir, você torcia pra que acontecesse? Então. Aconteceu! E aí? O que você faz? Corre, foge, se desespera e acha que só pode ser uma armadilha do destino. E talvez seja. Uma aramadilha perfeita do destino pra você ser feliz! Mas o que você faz? Foge.

Foge por medo de se magoar (de novo). Foge por medo de sofrer (de novo). Duvida de tudo isso que parece ser perfeito demais (de novo), e nada pode ser assim tão perfeito. Mas e se for? E se for ele? E se for agora? E se for essa viagem? E se for esse ano? E se for tudo isso?

E eu me pergunto, milhares e milhares de vezes: "Será que vale a pena?"

Eu nunca vou saber se eu não tentar. Nunca vou descobrir se eu não arriscar. Ainda que eu me magoe, ainda que eu quebre a cara, ainda que eu chore, sofra e precise começar tudo outra vez do zero (de novo)... Eu acho que dessa vez vale a pena...E eu vou me jogar de cabeça. Vou mergulhar fundo, sem nem pensar. Vou me atirar do 19º andar numa tentativa suicida de "voar". Vai que dessa vez dá certo...Porque eu não me perdoaria se eu não arriscasse.

"If this ain't love, then what is? I'm willing to take the risk..."
"You'll never know if you never try."  
♫ ♫ ♫